Para o nosso dia ser mais feliz, temos que nos acostumar a sorrir, mesmo quando provocados pela agressividade do outro, que nada mais é do que um instrumento para despertar algo que precisamos ver e reconhecer em nós.
É claro que é difícil sorrir quando somos agredidos, mas se não respondermos à agressão, se conseguirmos manter a serenidade e a paciência, o sorriso vai voltar espontaneamente assim que o momento de tensão passar.
Temos que acabar com o mau-humor. Ele é contagiante. Vindo diretamente do nosso corpo emocional, impressiona outros corpos emocionais que, no momento, estejam mais sensíveis e aptos a captar-lhe a impressão. O sorriso, por outro lado, refletindo um estado de espírito alto astral, também provém do corpo emocional, que vibra na intensidade da alegria e, consequentemente, é capaz de contagiar também. Ou seja, somos capazes de enviar àqueles que nos rodeiam os sentimentos que decorrem do nosso mau-humor ou do nosso sorriso. E cada um vai receber essas impressões como pode, de acordo com o seu estado de espírito, direcionado pelo princípio das afinidades. Cabe a nós, portanto, escolher com que energias vamos nos afinizar.
Sorrir sempre não significa ser dissimulado quando estamos com raiva ou com vontade de chorar. Temos, acima de tudo, que ser sinceros conosco. O falso sorriso também não faz bem a ninguém. Precisamos aprender a vivenciar o sentimento e, quando necessário, tentar transformá-lo em algo mais positivo e saudável. Assim, se estamos com raiva, por exemplo, o melhor é reconhecê-la, assumi-la e então transformá-la. Quando aprendemos a fazer isso com simplicidade e naturalidade, esvaziamos o corpo astral e abrimos espaço para sentimentos mais felizes e capazes de restabelecer em nós a capacidade de sorrir.
Transformar um sentimento que nos faz mal significa levá-lo ao outro extremo, ou seja, tentar fazer dele o sentimento inverso que vibra no lado oposto da mesma linha. Para o ódio, amor; para tristeza, alegria; para irritação, tolerância; para inveja, admiração. E por aí vai. Nem sempre conseguimos fazer isso, contudo, o importante é tentar. Sem a tentativa, não corremos o risco de fracassar, mas também não há vitória. E quem não quer se sentir vitorioso sobre suas próprias dificuldades? O que não podemos é deixar que as dificuldades nos vençam.
Assim, vamos compreendendo que o sorriso há de ser o nosso estado natural e permanente. Feições duras, tristes, iradas, impacientes, debochadas e outras tantas, que só a natureza humana conhece, hão de ser transitórias. Por isso é tão importante cultivarmos o sorriso. Aos pouquinhos, vamos aprendendo a substituir nossas caretas pelo exercício constante de sorrir e, em pouco tempo, descobriremos que temos o poder de decidir se queremos ou não ser afetados pelas agressões externas.
Diante da vida, vamos exercitar mais o sorriso e contagiar aqueles que ainda não conseguiram aprender a liberar suas emoções de forma saudável, harmoniosa e feliz.